VOMITOXINA
(Desoxinivalenol)
Quais os riscos desta toxina ?
Importância em termos sócio-económicos
O crescimento dos fungos Fusarium graminearum e Fusarium culmorum nas plantações de trigo, centeio, aveio, cevada, arroz, entre outros, impede a utilização destes cereais para produção de alimentos próprios a consumir (EFSA Journal 2013).
Isto impede o crescimento da economia, visto que se desperdiça não só o alimento, mas também tudo aquilo que foi necessário efetuar, até se obter o alimento (EFSA Journal 2013).
Grupos de Risco
Existem questões muito importantes acerca do risco de envenenamento agudo e, também dos efeitos crónicos que este tricoteceno pode provocar nas pessoas que o ingerem, principalmente nas crianças e nos vegetarianos, que podem consumir DON em concentrações consideradas inseguras.(Pestka 2010)
Uma das situações que mais preocupações levanta, é o atraso de crescimento nas crianças que estão sujeitas a uma exposição crónica a doses baixas de DON. Esta preocupação surge com base nos estudos feitos em animais, que demonstraram que uma exposição crónica ao DON provoca atrasos no crescimento.(Wu, et al. 2014)
Diminuição dos riscos associados
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É importante fazer estudos em humanos, visto que, todos os dados que existem até agora são baseados em estudos feitos em animais.
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Também é importante, detetar e quantificar os limites de tolerância ao DON, e uniformizá-los em todo o mundo.
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Devem ser colhidos mais dados sobre o DON-3-Glc, 3-ADON 3 15-ADON, de maneira a ser possível caracterizar melhor a sua potencial contribuição na exposição total ao DON. (EFSA Journal 2013)
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Diminuir a quantidade de DON na dieta, pois estudos compravam que a exposição ao DON pode ser marcadamente diminuída, limitando a quantidade de cereais ingeridos na dieta. (Turner, et al. 2008)
Preocupação potencial nos humanos
Nos países desenvolvidos, há uma preocupação acerca da ingestão crónica de pequenas doses de DON, juntamente com os cereais.(Pestka 2010)
Nos estudos feitos, chegou-se à conclusão que o desoxinivalenol é rapidamente metabolizado e, não se acumula nos tecidos, sendo que os seus efeitos são predominantemente transitórios. Outra conclusão retirada destes estudos é que como se trata de uma toxina que ocorre natural e esporadicamente (depende das condições meteorológicas), e também, como as pessoas ingerem uma variedade muito grande de alimentos, durante o dia, esta toxina não se encontra sozinha na dieta do indivíduo.(Pestka 2010)
Incertezas
Como para já os estudos apenas demonstram e explicam a toxicidade desta substância nos animais, muitas questões permanecem em aberto, porque não se sabe até que ponto o que se verifica nos animais também poderá ocorrer no Homem (EFSA Journal 2013).
Bibliografia
Authority EFS (2013) Statement on the risks for public health related to a possible increase of the maximum level of deoxynivalenol for certain semi-processed cereal products. vol 11. EFSA Journal, EFSA Panel on Contaminants in the Food Chain (CONTAM), p 50
Pestka JJ (2010) Deoxynivalenol: mechanisms of action, human exposure, and toxicological relevance. Archives of toxicology 84(9):663-79 doi:10.1007/s00204-010-0579-8
Turner PC, Burley VJ, Rothwell JA, White KL, Cade JE, Wild CP (2008) Dietary wheat reduction decreases the level of urinary deoxynivalenol in UK adults. Journal of exposure science & environmental epidemiology 18(4):392-9 doi:10.1038/sj.jes.7500611
Wu F, Groopman JD, Pestka JJ (2014) Public health impacts of foodborne mycotoxins. Annual review of food science and technology 5:351-72 doi:10.1146/annurev-food-030713-092431