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Introdução

 

O desoxinivalenol (DON) é uma micotoxina que pertence à família dos tricotecenos (ésteres dos álcoois sesquiterpenóides, contendo o anel tricíclico dos tricotecenos)(Pestka and Smolinski 2005).

 

 

Os tricotecenos não só se ligam aos ribossomas eucarióticos e interferem com a tradução, mas também ativam proteínas cinases intracelulares, que tanto medeiam a expressão seletiva de genes, como a apoptose, contribuindo para o aparecimento de sequelas.(Pestka 2010)

 

 

Desta forma, isto levanta questões muito importantes acerca do risco de envenenamento agudo e, também dos efeitos crónicos que este tricoteceno pode provocar nas pessoas que o ingerem, principalmente nas crianças e nos vegetarianos, que podem consumir DON em concentrações consideradas inseguras.(Pestka 2010)

A partir da ingestão dos cereais contaminados, provoca doença nos animais, sendo os suínos, os mais afetados. Uma exposição aguda dos animais a grandes doses de tricotecenos, induz efeitos radiomiméticos que incluem diarreia, vómitos, leucocitose e, hemorragia gastrointestinal. Em doses muito grandes, estes efeitos podem ser combinados com choque circulatório, redução da frequência cardíaca e, consequentemente morte. Uma exposição crónica provoca anorexia, diminuição do ganho de peso, alteração da eficiência nutricional e, imunotoxicidade.(Pestka and Smolinski 2005)

Também foi o responsável por intoxicações, em grande escala, nos humanos, durante este século.(Cancer 1993) Os sintomas, após intoxicação por DON, aparecem cerca de 5-30 minutos depois de se dar a exposição e consistem em náuseas, vómitos, diarreia, dores abdominais, cefaleias, tonturas e febre, isto é, sintomas típicos de gastroenterite.

 

No entanto, o DON não tem só efeitos negativos! Esta toxina também pode ser usada na agricultura para selecionar estirpes de culturas com resistência aumentada contra Fusarium spp. 

Bibliografia

 

Cancer WHO-IAfRo (1993) Volume 56 - Some Naturally Occurring Substances: Food Items and Constituents, Heterocyclic Aromatic Amines and Mycotoxins, vol 56. IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans.

 

Pestka JJ (2010) Deoxynivalenol: mechanisms of action, human exposure, and toxicological relevance. Archives of toxicology 84(9):663-79 doi:10.1007/s00204-010-0579-8

 

Pestka JJ, Smolinski AT (2005) Deoxynivalenol: toxicology and potential effects on humans. Journal of toxicology and environmental health Part B, Critical reviews 8(1):39-69 doi:10.1080/10937400590889458

 

Endereços online

 

[1] https://www.mdpi.com/journal/toxins/special_issues/deoxynivalenol (26/05/2014 15:37, Toxins)

[2]http://thumbs.dreamstime.com/z/porco-da-gripe-dos-su%C3%ADnos-dos-desenhos-animados-11042431.jpg ( 27/05/2014 18:10 Dreamstime)

[3]http://www.ewashtenaw.org/government/departments/public_health/ph_portal/sick_boy ( 27/05/2014 18:15 eWashtenaw )

 

FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO                                     2014 All Rights Reserved                Toxicologia Mecanística

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