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Impacto nos vários sistemas

 

 

A ingestão de DON está associada a alterações intestinais, do sistema imunitário e do sistema nervoso, principalmente em casos de exposição aguda. Esta toxicidade deve-se à capacidade deste composto atravessar quer a barreira intestinal, quer a barreira hematoencefálica, afetando vários sistemas de órgãos (Maresca 2013).

 

 

As células epiteliais intestinais são o primeiro local a sofrer exposição, após a ingestão de comida contaminada, sendo as zonas do intestino delgado e cólon as mais expostas, uma vez que, é aqui que a toxina atravessa a parede intestinal para chegar à corrente sanguínea. Vários estudos demonstraram a atividade do DON nestas células (Kouadio, et al. 2005; Pestka 2010; Sergent, et al. 2006)

 

Ensaios in vivo e in vitro, mostraram que o DON inibe a absorção de glucose e aminoácidos em humanos (Maresca, et al. 2002) e em animais (Kouadio, et al. 2005; Pestka 2007; Sergent, et al. 2006).

A inibição do transportador SGLT-1 (proteína transportadora de sódio e glucose -1) pode explicar o sintoma de diarreia, uma vez que este transportador é responsável, em média, de 5L de água por dia no estômago.

Este é o sistema mais estudado e aquele que apresenta mais alterações.

 

Já o sistema imunitário, em parte pela capacidade do DON de exacerbar infeções parasitárias, bacterianas e víricas, fica comprometido, assim como a via de sinalização dos macrófagos é afetada.

 

Já os sistema nervoso e endócrino podem ser afetados, provavelmente, pelo DON alterar a expressão genética (Antonissen, et al. 2014; Maresca 2013; Wu, et al. 2014)

Toxicidade do DON no sistema imunitário, intestinal e neuro-endócrino (Maresca 2013)

Bibliografia

 

Antonissen G, Martel A, Pasmans F, et al. (2014) The impact of Fusarium mycotoxins on human and animal host susceptibility to infectious diseases. Toxins 6(2):430-52 doi:10.3390/toxins6020430

 

Maresca M (2013) From the Gut to the Brain: Journey and Pathophysiological Effects of the Food-Associated Trichothecene Mycotoxin Deoxynivalenol. Toxins 5(4):784-820 

 

Maresca M, Mahfoud R, Garmy N, Fantini J (2002) The mycotoxin deoxynivalenol affects nutrient absorption in human intestinal epithelial cells. The Journal of nutrition 132(9):2723-31 

 

Kouadio JH, Mobio TA, Baudrimont I, Moukha S, Dano SD, Creppy EE (2005) Comparative study of cytotoxicity and oxidative stress induced by deoxynivalenol, zearalenone or fumonisin B1 in human intestinal cell line Caco-2. Toxicology 213(1-2):56-65 doi:10.1016/j.tox.2005.05.010

 

Pestka JJ (2010) Deoxynivalenol: mechanisms of action, human exposure, and toxicological relevance. Archives of toxicology 84(9):663-79 doi:10.1007/s00204-010-0579-8

 

Pestka JJ (2007) Deoxynivalenol: Toxicity, mechanisms and animal health risks. Animal Feed Science and Technology 137(3-4):283-298 doi:10.1016/j.anifeedsci.2007.06.006

 

Sergent T, Parys M, Garsou S, Pussemier L, Schneider YJ, Larondelle Y (2006) Deoxynivalenol transport across human intestinal Caco-2 cells and its effects on cellular metabolism at realistic intestinal concentrations. Toxicology letters 164(2):167-76 doi:10.1016/j.toxlet.2005.12.006

 

Wu F, Groopman JD, Pestka JJ (2014) Public health impacts of foodborne mycotoxins. Annual review of food science and technology 5:351-72 doi:10.1146/annurev-food-030713-092431

 

FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO                                     2014 All Rights Reserved                Toxicologia Mecanística

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